No dia 25 foi apresentada a exposição da Galeria de Arte Urbana inserida no âmbito das comemorações dos 40 anos do 25 de Abril em Lisboa.
A Galeria de Arte Urbana convidou artistas que colocaram alguns carros do lixo e uns placares na Rua da Glória em Lisboa mais coloridos, tendo como tema a comemoração dos 40 anos do 25 de Abril.
Entre o graffiti e a street art situa-se o talento de alguns artistas portugueses que deram asas à sua imaginação e de um forma artística exprimiram o que foi o 25 de Abril. As inspirações foram mais que muitas desde a revolução dos cravos ou até Vieira da Silva em "A Poesia vai na rua".
Numa cerimónia onde desfilaram por algumas das ruas da baixa alfacinha, os carros do lixo que "sofreram" essa remodelação artística podemos verificar que todos eles explicam o 25 de Abril de um modo diferente e descobrimos ainda que todos eles foram pintados com técnicas diferentes e específicas.
Vindos da Praça do Municipio e chegados à Praça dos Restauradores, chegou o momento de o Ascensor da Glória nos fazer subir até ao Jardim de São Pedro de Alcântara. Subindo a Rua da Glória vemos vários placares com pinturas, algumas delas fabulosas, sobre o 25 de Abril mas também com algumas criticas aos governantes nacionais.
Chama a atenção, um placar onde Portugal surge em forma de bife surge com alguns dos governantes deste país, com as facas a cortarem cada um o seu pedaço.
Catarina Vaz Pinto, vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, revelou que "esta exposição serve também para aproximar os lisboetas da arte urbana e quebrar um pouco o mito que acerca dela existe" em declarações ao Jornal Hardmúsica.
Acrescentou ainda que os valores do 25 de Abril devem continuam a "ser lembrados".
Fábio, um dos artistas que intervencionou os carros do lixo revelou que "inspirei-me na história dos cravos, que basicamente é uma senhora chamada Celeste Caeiro que trabalhava numa florista. O patrão mandou nesse dia fechar a florista e mandou os funcionários levarem as flores para casa. Ela levou os cravos, a ao descer a Rua do Carmo, um militar pediu um cigarro, ao que ela respondeu que só lhe poderia dar com toda a boa vontade um cravo, que ele colocou na espingarda. Esta situação foi feita com mais militares e dai surgiu a revolução dos cravos" e também a ideia que Fábio expôs num dos carros do lixo, onde uma mão representa a arma, acompanhada claro por um cravo.
Esta iniciativa está inserida nas comemorações dos 40 anos da revolução que nos deu o que de melhor temos: a Liberdade.
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