Underground Lusófono Entrevista: Mamy The Miss Skills

Trago-vos mais uma entrevista exclusiva, desta vez com a rapper angolana "Mamy The Miss Skills".
Underground Lusófono: Quem é a "Mamy The Miss Skills"?
Mamy The Miss Skills: Sou artista de Hip-Hop, activista, liricista, compositora, fotógrafa e apaixonada pela vida.

Underground Lusófono: O porque do teu nome artístico "Mamy The Miss Skills"?
Mamy The Miss Skills: Quando comecei a fazer rap usava o meu nome “de casa” Mamy mas quando uma amiga soube que eu produzia, dançava e escrevia disse que eu era uma Miss Skills de verdade, isto é, uma “rapariga cheia de talento” e acabei por juntar o nome que todos agora conhecem: Mamy, The Miss Skills.

Underground Lusófono: Como e quando surgiu a tua paixão pelo rap?
Mamy The Miss Skills: Desde pequena eu já ouvia rap e gostava no mesmo nível que os outros estilos musicais mas no ano em que fiquei viciada no álbum dumas das minhas grandes inspirações Lauryn Hill fiquei mesmo apaixonada pelo rap.

Underground Lusófono: O que é que te incentivou a fazer rap?
Mamy The Miss Skills: Eu já escrevia poesias desde muito nova, quando entrei na produção musical tive o desejo de fundir o instrumental às minhas letras e fiz aquilo que o acrónimo significa: Ritmo e Poesia.

Underground Lusófono: Donde vem a tua inspiração?
Mamy The Miss Skills: Inspiro-me no dia-a-dia, na minha vivência e na vivência mais significativa de outrem.

Underground Lusófono: Como tem sido o processo de divulgação das tuas cenas?
Mamy The Miss Skills: Bem, até há alguns bons meses estava fraco porque ainda não tinha conseguido uma boa exposição. Mas graças ao esforço contínuo e a não desistência consigo ter uma melhor divulgação nos dias de hoje através principalmente da internet.

Underground Lusófono:
Sabe-se que estás a trabalhar no teu 1º álbum intitulado "Génesis" ! O Porque do nome "Génesis"?
Mamy The Miss Skills: Génesis é um nome bíblico como devem saber e ele marca o início, não só do mundo no caso da bíblia, mas também de qualquer outra “coisa” e neste caso marca o nascimento da minha carreira/discografia.

Underground Lusófono: Como foi o processo da gravação do single "Hipocrisia da Democracia"?
Mamy The Miss Skills: Eu já tinha esse título a rondar a minha cabeça durante uns bons meses, num dia veio-me à cabeça o desenrolar da letra e comecei a escreve-la. Centrei-me em acções sociais, pensamentos pessoais que tenho em relação a sociedade e assim escrevi-a. Na terceira estrofe é que exponho mais claramente o significado do título. Gostei da letra que fiz e ela encaixou perfeitamente no instrumental, quando ouvi-o no estúdio dos EasyHits, e depois foi só casá-los. Levei a ideia para o estúdio do Celso OPP e gravamos em cerca de 1h.

Underground Lusófono: O que podemos esperar deste álbum em termos de Flow, Participações e Produções?
Mamy The Miss Skills: Neste álbum pude aplicar a minha versatilidade em termos de métrica, rimas e flow. Explorei aquilo que é o meu cerne e demonstrei-o em forma de poesia urbana. Em termos de participações por ser um álbum muito centrado em mim, mas não duma forma demasiado egocêntrica, apenas quis 3 participações: Mono Stereo, Organoydz SS e Celso OPP. Em termos de produção contei com EasyHits, Tucho Millionz e Celso OPP com a maior parte dos beats e que fez também a captação, mistura e masterização de todo o álbum, bem como as vozes de alguns coros.

Underground Lusófono: O teu álbum sairá nas ruas sob selo de que Editora/Produtora?
Mamy The Miss Skills: Até a presente data não tenho produtora e nem editora, e ainda não tenho propostas na mesa portanto a princípio vou lançar o álbum da mesma forma como tenho conduzido a minha carreira, independente.

Underground Lusófono: Qual é a tua opinião sobre o hip hop underground feito em Angola? Achas que está num bom nível?
Mamy The Miss Skills: O rap underground está no mais alto nível, eu claro sou uma grande apreciadora. Temos grandes rappers no nosso meio, basta saber explorar e não cingir simplesmente aos que têm mais notoriedade porque grandes rappers estão ainda por descobrir/explorar. 

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