Essa Skit foi escrita como um ato de provocação mental. Então, aos pensadores ou que se julgam como tal, é de extrema importância que escutem esse single. Foi feito como uma voz e por todas as mulheres que em algum momento da vida, já se sentiram no direito de gritar, de lutar e de brigar pelos seus direitos. Que em algum momento da vida, já se sentiram diminuídas, oprimidas e violentadas. Que já choraram por conta das limitações de genero que a sociedade machista nos impoe; Então mesmo que você não concorde com nada do que foi dito nessa single, é imprescindível que você ouça. E ao menos tenha conhecimento de como alguém que nasce mulher se sente! Machistas não passarão! Homofóbicos não passarão! Resistência!
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Letra:
Eu nasci mulher. Assumi todas as culpas da humanidade, carrego um carma que me torna a razão pela expulsão do Éden. Nasci mulher, numa sociedade aonde só fazem aquilo que os homens querem. Num patriarcado forjado, maquinado que nos impedem, de seguirem livres na igualdade das peles. Superem. Nasci mulher. Nasci errando. Cresci lutando. Contra todo o preconceito carregado que colocaram num saco e pediram para eu levar empurrando, como um castigo. Por cada pedra atirada, cada morte marcada e manchada com sangue antigo. Nasci mulher. Nasci com o fardo da proibição. Proibida de ser Humano, Pois a espécie é HOMO Sapiens e não mulieris sapiens. Proibida de falar no culto, de me opor aos insultos, de ter respeito mútuo e de causar tumulto, sucumbida ao desrespeito coletivo, de quem nunca leu um livro e acha que sou propriedade pública, e podem pegar sem motivo. Sou mulher que não teve escolha, a genética aleatória decidiu meu destino, me colocou em carcere privado com muro invisível, mesmo assim sou incrível. De carregar na alma opressão e também a garra da flora e da fauna que trás libertação, da injeção de fluoxetina, dessa sina e da chacina, de quem me doutrina, de quem me agride sem permissão. Nasci mulher, trouxe no coágulo sanguínio em cada espaço do raciocínio, a raiva como vingança. Trouxe de herança, Fridas, Calos, Lutas, Joanas, Darcs, Atos, Conduta, Rosas, Parks, Mary, Wollstonecrafts, Putas. Todas elas juntas, respirando meu ar, sendo equilibrio suficiente, pra minha cabeça não se abaixar NUNCA. Pois eu nasci mulher, brilho que não se oculta. Mesmo cansada da labuta, se eterniza naquilo que ensina. Mulher, que pari, cria, conduz e desafia. Morre. 10 por dia. Assassinadas. 5 por hora. Estupradas. Sem condição. Ganhando 30% menos. Mesmo com graduação. Só no Brasil. Mas violentada todos os dias, segundos e instantes, no afeganistão. Conclusão, mesmo mais livre na Islândia sou prisioneira do mundo ingrato. E tambem, ironicamente, fui responsável pelo seu parto. Nascer mulher, nem todo mundo pode. Seja homem ou mulher de fato, ninguem escolhe. Mas eu acredito, que todo mundo que nasce mulher, já nasce plantando, os frutos que colhe, já nasce na guerra pra que ninguém te controle, Já nasce na prole de muitas mães, irmã de muitas irmãs. Eu nasci mulher, nasci decidida, encumbida com a função de lutar pelo nosso amanhã. De brigar pelo nosso futuro. SIM. EU nasci mulher, E COM MUITO MUITO ORGULHO!
Eu nasci mulher. Assumi todas as culpas da humanidade, carrego um carma que me torna a razão pela expulsão do Éden. Nasci mulher, numa sociedade aonde só fazem aquilo que os homens querem. Num patriarcado forjado, maquinado que nos impedem, de seguirem livres na igualdade das peles. Superem. Nasci mulher. Nasci errando. Cresci lutando. Contra todo o preconceito carregado que colocaram num saco e pediram para eu levar empurrando, como um castigo. Por cada pedra atirada, cada morte marcada e manchada com sangue antigo. Nasci mulher. Nasci com o fardo da proibição. Proibida de ser Humano, Pois a espécie é HOMO Sapiens e não mulieris sapiens. Proibida de falar no culto, de me opor aos insultos, de ter respeito mútuo e de causar tumulto, sucumbida ao desrespeito coletivo, de quem nunca leu um livro e acha que sou propriedade pública, e podem pegar sem motivo. Sou mulher que não teve escolha, a genética aleatória decidiu meu destino, me colocou em carcere privado com muro invisível, mesmo assim sou incrível. De carregar na alma opressão e também a garra da flora e da fauna que trás libertação, da injeção de fluoxetina, dessa sina e da chacina, de quem me doutrina, de quem me agride sem permissão. Nasci mulher, trouxe no coágulo sanguínio em cada espaço do raciocínio, a raiva como vingança. Trouxe de herança, Fridas, Calos, Lutas, Joanas, Darcs, Atos, Conduta, Rosas, Parks, Mary, Wollstonecrafts, Putas. Todas elas juntas, respirando meu ar, sendo equilibrio suficiente, pra minha cabeça não se abaixar NUNCA. Pois eu nasci mulher, brilho que não se oculta. Mesmo cansada da labuta, se eterniza naquilo que ensina. Mulher, que pari, cria, conduz e desafia. Morre. 10 por dia. Assassinadas. 5 por hora. Estupradas. Sem condição. Ganhando 30% menos. Mesmo com graduação. Só no Brasil. Mas violentada todos os dias, segundos e instantes, no afeganistão. Conclusão, mesmo mais livre na Islândia sou prisioneira do mundo ingrato. E tambem, ironicamente, fui responsável pelo seu parto. Nascer mulher, nem todo mundo pode. Seja homem ou mulher de fato, ninguem escolhe. Mas eu acredito, que todo mundo que nasce mulher, já nasce plantando, os frutos que colhe, já nasce na guerra pra que ninguém te controle, Já nasce na prole de muitas mães, irmã de muitas irmãs. Eu nasci mulher, nasci decidida, encumbida com a função de lutar pelo nosso amanhã. De brigar pelo nosso futuro. SIM. EU nasci mulher, E COM MUITO MUITO ORGULHO!
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